sábado, maio 26, 2007

Já se acabava com tanta incompetência...

De facto não deixa de ser curioso como meia dúzia de excelsas inteligências deste burgo conseguem produzir opiniões e proferir atoardas, que á custa de um mediatismo exacerbado leva o mais comum dos cidadãos a ser induzido num paradigma de estúpidificação do ser.

Lembro-me perfeitamente da campanha mediática levada a cabo a favor de Portugal e do destino dos portugueses, visando destituir a qualquer preço o incompetente e inenarrável XVI governo da república presidido na pessoa do Doutor Pedro Santana Lopes. Eram as contradições entre as afirmações do senhor primeiro ministro e os seus ministros, eram as relações tensas estabelecidas desde ínicio pelo palácio de Belém e o palácio de São Bento, eram as supostas férias, folgas e feriados que o primeiro ministro tinha e que como não bastavam ainda tinha de dormir umas siestas, porque as noitadas eram não a trabalhar em prole do país mas sim numa qualquer discoteca da moda... Enfim tudo se dizia e nenhuma margem de erro era consentida ao governo.

Neste momento, infelizmente temos o XVII governo constitucional da república portuguesa que consegue ter um chorrilho de asneiras ditas pelos mais variados ministros, liderados neste ranking muito naturalmente pelo senhor ministro da economia, que com a sua incontinência verbal leva todos os outros a larga distância, mas secundado pela senhora ministra da educação, pelo senhor ministro das obras públicas, pelo senhor ministro da saúde, pelo senhor ministro da inovação e ensino superior, etc...
É incrivél como num momento em que o senhor primeiro inginheiro fomenta uma relação de subjugação à comunicação social em que quando confrontado com asneiradas por ele próprio proferidas ou cometidas deixa cair a máscara e mostra o ser ordinário, banal e autoritário que é respondendo de uma forma mal educada e completamente desprovida de qualquer noção de bom senso.
O ministro da economia como se não bastassem os seus discursos de redutores mundo afora ,ainda consegue contradizer-se duas vezes no mesmo dia e ser desautorizado pelo seu secretário de estado que veio explicar com clareza a situação em torno do caso Delphi.
O ministro das obras públicas depois de já ter achincalhado a oposição legitimamente eleita com dichotes menos abonatórios e ainda gozando com a licenciatura do seu chefe de governo, ainda vem com uma metáfora, nas palavras do PS, que teve de tudo, desde o mau gosto e inconveniência do comentário até ao deixar entender qual a política de (sub)desenvolvimento preconizada por este governo para o nosso país, o que está no interior e subdesenvolvido assim se deixa ficar e vai-se potenciar as zonas já em franca expansão.
A ministra da educação, como se não bastasse as asneiras que já tem defendido a nível da sua relação com os professores, consegue deixar passar impune a medida da directora da DREN relativamente a um professor, a quem pasme-se é instaurado um processo disciplinar por ter opinião, e admiremo-nos nós diferente da senhora apatchick. Não admira pois que o senhor António de Oliveira seja recordado com tanta saudade neste país, pois afinal temos saudosistas da sua cartilha.
Não bastava ter a RTP controlada nos seus conteúdos, é curiosamente nomeado um destacado militante rosinha e ex-ministro (infelizmente) deste país para a direcção da TVI, a mesma de onde saiu o professor Marcelo no tempo do senhor doutor por pressões sobre a comunicação social.
O ministro das finanças já não sabe como mentir mais, afinal ele nunca disse algumas coisas , foi mesmo o senhor inginheiro, mas quem depois leva com tudo em cima é o senhor ministro das finanças.
E muitos mais casos poderiam ser enumerados, estes são só os mais recentes.

No tempo do outro senhor doutor eram trapalhadas, agora no tempo do senhor inginheiro são falhas de comunicação ou então discrepâncias entre a realidade do governo e a do país.


Afinal o que Portugal precisava mesmo era de uma verdadeira kátharsis politíca, substituir todos estes incompetentes por pessoas honestas e sérias, acredito que existem portugueses assim, mas que não se misturam neste lodo que é a politíquice nacional.