sexta-feira, setembro 30, 2005

Verdades

As mulheres só hão-de compreender verdadeiramente o porquê de certas infantilidades dos homens, no dia em que conseguirem perceber que eles só as fazem em adultos porque na infância foram proibidos de o fazer, por culpa de uma mulher.

E depois admira-se - II parte

Por incrível que pareça, depois daquela ida à bomba de gasolina, a rapariga ficou impressionada com o sentido de humor do meu amigo Cascão.
Levou-o para casa dela e uma vez chegados lá, o Cascão não foi de modas e perguntou se havia cerveja naquela casa.
Ela disse que sim, que havia algumas no frigorífico.
O Cascão abriu o dito electrodoméstico e sai-se como uma das suas frases no mínimo brilhantes:
- Olha lá, dizes-me que tens cerveja e eu só vejo aqui Super Bock e Tagus.
- E isso, não é cerveja? – Pergunta a moça atrapalhada
- Claro que não, isto são apenas imitações. Não tens Sagres?
- Acho que tenho algumas das pequenas na gaveta de baixo.
O Cascão abre a gaveta e os seus olhos devem ter começado a brilhar da mesma forma que brilham os de uma mulher quando vêm um anel de diamantes.
Ele abarbata logo umas quantas e leva-as para a sala, onde a pobre coitada o esperava com uma música romântica como fundo.
- E, também tens algo que se mastigue, assim género amendoins?
- Só tenho cajus – responde ela a pensar “mas afinal ele veio cá para comer aperitivos ou para me comer a mim”.
- Não gosto dessa comida de gente fina, ao menos tens tremoços?
- Não só tenho mesmo cajus ou se calhar ainda devo ter umas tostas.
- Tavas bem era em Nassiria - disse Cascão enquanto se sentava no sofá, ela lá se ia insinuando ao levantar um pouco a saia ,esfregando as costas enquanto dizia que precisava de uma boa massagem, mas o Cascão só se interessava por um programa sobre galinhas que estava a dar no Discovery Channel.
Então, a moça farta de o Cascão não lhe ligar puto, voltou-se para ele e disse:
- Fica á vontade se quiseres, que eu vou me deitar, porque estou a ficar cheia de sono.
Cascão olhou para ela espantado e responde:
- Vais-te deitar logo agora que eu ia abusar de ti.
- Vais abusar de mim? Juras? Então abusa, abusa á vontade – diz-lhe ela esperançosa de uma noite inesquecível.
Então os olhos do Cascão voltam a brilhar e com o seu ar mais romântico diz:
- Posso?? Então vais-me buscar outra mini ao frigorífico, vais?

Mãe Natreza

Infelizmente, as mulheres são como os Tsunamis.
Quando chegam, entram na nossa vida de rompante.
Quando vão, levam a casa, o carro, os moveis e o dinheiro.

Era uma vez uns lagartos

A equipa lagarta é eliminada da taça UEFA, por culpa da massa associativa que tem.
Se o ano passado, criticaram o treinador por terem perdido a final em casa e dos ter feito sonhar com algo que não veio a acontecer, este ano ele resolveu acabar-lhes com os sonhos logo na primeira eliminatória.

quinta-feira, setembro 29, 2005

E depois admira-se

Ontem o meu amigo Cascão foi conhecer uma rapariga com que andava já há algum tempo a conversar num chat qualquer na net.
Tínham previamente combinado o que iríam ambos levar vestido, de forma a que,quando o meu amigo chegou ao local combinado, nem queria acreditar na sua sorte quando viu uma morenaça de mini-saia e com um ar de Vamp que segundo ele lhe deu logo volta à cabeça.
Ele sentou-se e começaram logo a falar, tudo parecia correr sobre rodas até ao momento em que ela lhe disse que se ele quisesse algo mais com ela, teria de a levar a um sitio realmente caro.
O Cascão como pessoa sensível que é, disse que não havia problema, ela pagou a conta e saíram do local onde estávam.
Passados uns trinta minutos, ele entrou na bomba de gasolina da Repsol, estacionou o carro e disse-lhe que podíam sair.
Ela com um ar incrédulo perguntou-lhe porque é que tinha de sair se ele só ia abastecer a viatura
Então o Cascão na sua calma e delicadeza apenas lhe disse:
- Cala a boca ursa, não eras tu que querias vir a um sitio realmente caro?

Ciência exacta

Segundo as leis de Murphy, todas as torradas que caiem no chão, caiem sempre com o lado da manteiga para baixo.
Segundo as leis científicas, mesmo que atirem um gato de costas ele cai sempre de pé.
Logo, se amarrarem uma torrada com manteiga voltada para cima ás costas de um gato, ele flutua.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Nostalgias

Quem não se lembra do saudoso Vasco Granja e o seu famoso “boa tarde amiguinhos, hoje venho-vos apresentar um desenho animado feito com latas de sardinha e fios de lã do realizador Checoslovaco Pavel Rustorvsky”, enquanto pensávamos “ Quero é ver a Pantera cor de rosa ó palhaço”.
Ou então de cravarmos os nossos pais para nos deitarmos um bocadinho mais tarde para que pudéssemos ver o A-Team ou a Missão Impossível, e no dia seguinte podermos moer a cabeça daqueles que não tinham uns pais porreiraços que se deitavam mal desse o Vitinho.
As tardes de fim-de-semana ansiosos á espera que desse a Galáctica ou o Buck Rogers, para não falar do saudoso Espaço 1999.
Belos tempos, esses em que a nossa única preocupação eram os trabalhos de casa, arranjar dinheiro para as pastilhas gorila ou para os cigarritos estilo mata-ratos que fumávamos ás escondidas numas escadas quaisquer, longe da vista dos adultos.
Infelizmente hoje em dia não existe nada dessas coisas, as únicas séries de jeito que são transmitidas pelas nossas televisões passam a horas que só podem ser visionadas pelos padeiros ou por quem chegue a casa depois da disconight fechar.
Os programas de desenhos animados, a única vantagem que tinham era serem apresentados pela Marisa Cruz em mini-saia e botas até ao joelho, acabaram e as próprias séries em si, estão com cada vez menos qualidade e cada vez mais violência.
Sim, é verdade nada como as tardes que passava a jogar á bola ou a andar de bicicleta em vez de a passar em casa a jogar computador como fazem os miúdos de hoje em dia.
E depois ainda penso que não estou a ficar velho.

Prioridades

Ser for eleito, o Sr. Mário Soares vai ser o primeiro presidente da Republica a dispensar guarda-costas e substitui-los por médicos como meio de protecção.

terça-feira, setembro 27, 2005

Ser canhoto

Nada pior para mim do que sair a uma noite de sábado com um simpatizante do B.E., ainda mais quando outros jovens simpatizantes do mesmo partido se chegam ao pé dele e falam mal dos partidos de direita, como se eu fosse também de esquerda ou pura e simplesmente não estivesse ali.
Mas o que me deixa verdadeiramente danado é ouvir radicais pseudo anarcas de esquerda a dizer coisas do género “devíamos era pintar graffitis a apoiar a JSD e assim eles ficavam com a culpa.”
Mas que raio de ideia a deste jovem, pintar paredes (o que é ilegal) de forma a que outros fiquem com as culpas, é uma forma de fazer politica muito conotada com o sistema Bipartidário Português, ora se são os socialistas no governo, acusam os sociais democratas de fazer politicas erradas só para tramar o governo socialista que acabou de tomar posse e vice versa.
Também não me parece ser um acto muito inteligente andar a comprar tintas para fazer campanha por outros, pois pode-lhes sair o tiro pela culatra, mas é neste ponto que ele provou que para além de ser um verdadeiro pensador da economia sob uma perspectiva de esquerda, só lhe falta ser dread para se poder dedicar ao graffiti e quem sabe pintar aqueles verdadeiros hinos á revolução: “ Repressão policial, terrorismo oficial” ou “Help the cops, hit yourself”, claro que acompanhados dos respectivos desenhos.
Ah, também gosto muito do sempre actual “Fascismo nunca mais”.
E depois querem vencer eleições, quando existem exemplos de democratas e sérios como este jovem.

P. S. – Em breve prometo a publicação de algumas pérolas de jovens de direita.

Frase da semana

Sejam porreiros com os vossos filhos.
São eles que vão escolher o asilo para onde voçês irão.

Camafeus, Cascões e maus - A chegada de El Mariachi

Red Label olhou de soslaio para Farol Kid e disse:
- Não vos vou dizer agora, mas sim numa reunião de emergência a realizar daqui a uma semana na Câmara, pelas 10h e para a qual estão convocados todos os habitantes de Spotville.
O espanto era geral, e começaram-se a ouvir uns cochichos entre os presentes.
O resto da noite correu de feição, tendo sido esgotado o stock de muines no salloon.
A manhã nasceu radiosa, a alegria do regresso do Mayor parece que contagiou a própria natureza.
Até farrusco assobiava enquanto arranjava peças para a carroça do gato-pingado Apokalypse, isto apesar de ter sido o Mayor com o mandato mais curto de toda a história de Spotville.
Cascão MacMuines, passeava o seu novo penteado por toda a cidade enquanto um elemento subversivo do partido T.E. (Tijolo de Esquerda), pintava slogans de propaganda contra a despesa pública da câmara, pelas paredes do salloon.
Fora da cidade, numa taberna com um ar empedernido com cheiro a mofo, chamado Kabe Abe, os irmãos facadas planeavam um novo golpe ao comboio-correio da próxima semana.
Tinha tudo voltado á normalidade, excepto por um grupo de trabalhadores com longas barbas pretas estarem a fazer obras num velho salloon fechado á muito e que se encontrava mesmo em frente do Salloon sem nome.
Dois dias passaram e as obras já se encontravam concluídas, faltando apenas destapar a placa do nome e conhecer o dono deste novo estabelecimento.
Tudo isto era motivo de falatório, todos os habitantes paravam a contemplar o edifício remodelado.
Até Cascão Macmuine, movido pela curiosidade foi buscar um escadote para espreitar o que estava escrito debaixo do pano que tapava a placa. Mas por um grande acaso do destino quando Cascão estava a levantar a ponta do pano, começou a cair uma forte chuvada que o ia matando com a queda que deu, por causa do susto de se ter molhado com aquele liquido do demo.
Então pelo meio da neblina causada por tanta chuva, surge a diligência semanal que normalmente apenas trazia correio não prioritário e uma vez por outra dinheiro para o cofre do banco de Pablito Borregon.
Ninguém ligou á diligência até que viram sair um personagem com uma longa e fina barba preta, que ostentava um enorme chapéu mexicano, acompanhado de duas damas vestidas de negro.
Boi desdentado que se encontrava a conversar com Apokalypse, ficou a olhar para tais personagens, quando o mexicano se dirigiu a ele e o interpelou.
- Buenos dias, es aqui la cidad de Spotville?
- Fala em língua que se perceba – disse Boi desdentado, espantado com tal linguagem.
- Épá acho que ele falou no nome da cidade – disse Apokalypse apercebendo-se do ar incrédulo do estranho perante a resposta ríspida de Boi desdentado.
Então Boi desdentado ao mesmo tempo que cruzava os braços (isto é um velho costume índio) falou:
- Não percebi o que disseste, mas estás na gloriosa cidade de Spotville, mas antes de ires queremos saber quem és tu.
- Mi nombre es Farfito Gonzalez e vengo de El Covita da Muçulmana para abrir aqui uno nuevo Salloon.
- Acho que este gajo disse que era o dono do novo Salloon – disse Apokalypse a Boi desdentado, assumindo a pose de tradutor universal.
- Então quem são estas damas? – Disse Boi desdentado, enquanto olhava para elas
- Á minha deretcha está Martita e á minha isquierda está Evita, minha nuevas empregaditas.
Então Boi desdentado descruza os braços, põe um ar mais ou menos imponente, daqueles que só os índios pensa que sabem pôr, e diz:
- Não sei o que quiseste dizer, mas sê bem-vindo à nossa cidade, como aviso apenas te digo que se queres singrar em Spotville tens de aprender a falar a nossa língua.
- Muchas gracias senõr, vengam todos ao mi nuevo Salloon que eu tengo todo o gosto de los pagar una bebidazita.
E lá foram os cinco na direcção do novo Salloon e quando lá chegam, Farfito volta-se para trás e diz:
- Bien Vindos ao…..

segunda-feira, setembro 26, 2005

Incendios....

Para mostrar fairplay, venho desta vez, mostrar as 4 medidas do Bloco de Esquerda, para acabar com os incêndios:

1. - Despenalização imediata dos incêndios.

2.- Tendo em conta que os incendiários são doentes e socialmente marginalizados, devem ser tratados como tal: é preciso criar zonas específicas para poderem incendiar à vontade. Nas "Casas de Incêndio" serão fornecidos fósforos, isqueiros e alguma mata. Sob a supervisão do pessoal habilitado, poderão lutar contra esse flagelo autodestrutivo.

3.- Fazer uma terapia baseada nos Doze Passos, em que o doente possa evoluír do incêndio florestal à sardinhada. O pirómano irá deixando progressivamente o vício: da floresta à mata, da mata ao arbusto, do arbusto à fogueira, da fogueira à lareira, da lareira ao barbecue até finalmente chegar à sardinhada.

4.- Quando o pirómano se sentir feliz a acender a vela perfumada em casa, ser-lhe-á dada alta, iniciará a sua reintegração social e perderá o seu subsídio de incendiário.