Hoje tentei lembrar-me de um tema para o meu post neste blog, mas não me surgia nada, até que olhei pela janela e ao ver mais um dia cinzento começei a pensar no verão, dos engates de verão, das bebedeiras de verão e por ultímo o facto de ter sempre de aturar um amigo qualquer que no fim das férias anda sempre abatido porque se apaixonou por uma fulaninha qualquer que conheceu na praia.
Então lembrei-de pôr por escrito algumas das coisas que fui aprendendo ao longo dos tempos, mas não liguem muito a isto porque eu nunca fui um grande expert na matéria.
O titulo deste texto deve ser uma das maiores verdades que eu ouvi até hoje, pois é raro o namoro de verão que acaba bem.
Na condição de humems que somos, temos uma grande tendência para nos fartarmos de estar bem, logo temos que tentar arranjar uma tipa qualquer para nos acompanhar o resto da noite ou mesmo e isto para quem é mestre na arte do sacanço, o resto das férias.
E vá-se lá saber porquê, até não é muito difícil conseguir algo do género na praia, provavelmente deve ser do ar que respiramos numa praia, que potencia todas as nossas feromonas.
Assim, desde que chegamos a qualquer destino de veraneante, começamos logo a tentar conhecer pessoas do sexo oposto (há quem queira do mesmo, mas isso é uma história muito mais comprida).
Basicamente temos três hipóteses:
-A gaja das grandes mamas e corpo escultural que engraçou connosco..
-Gajas normais que caiem na cantiga do bandido ou então e em desespero de causa.
-TUDO O QUE VEM Á REDE É PEIXE, esta regra também se aplica depois de muitas minis.
Até aqui tudo isto é engraçado e prometedor, porque além de andarmos a curtir com a tipa, podemos também andar nos copos com os amigos que ela nem se chateia muito, pois é verão e estamos todos de férias.
Mas, existe um perigo escondido, pode nascer o amor e aí está tudo literalmente fodido.
Lá se vai o sossego que tínhamos conseguido e tudo perde a piada, pois o objectivo primário que era uma relação de luxúria passa a algo mais sério e sem o mínimo de graça.
Sim elas começam a cobrar as minis que bebemos a mais na noite anterior, o facto de estarmos a olhar para a tipa do biquini azul bebé (traduzindo para linguagem masculina azul claro), o facto de passarmos muito mais tempo com a rapaziada nos copos do que com ela e por ultimo aquele fabuloso cliché feminino em tempo de verão:
“deitas-te tarde e depois como é que consegues ir ter comigo à praia de manhã”.
O pior de tudo acontece mesmo quando se aguenta um mês a aturá-la ( talvez por amor ou outra coisa “qualquer”) e se tenta manter a relação após o verão, com um a viver em Braga e outro em Faro, a desconfiança surge e tudo mais cedo ou mais tarde se perde.
Resultado: Um desgraçado a matutar na vida e a interrogar-se sobre o que poderá ter corrido mal, deixar de acreditar nas mulheres e tudo o mais que lhe possa passar pela cabeça.
Mas foi a pensar nos pobres rapazes que se querem aventurar nas tricas dos engates de verão sem qualquer tipo de chatices como as que referi atrás, que vou incluir um mini manual de sobrevivência a engates de praia.
1º- Antes de partirem para o ataque tentem conhecer minimamente a presa, pois com as modernices de hoje em dia ainda engatam uma “tipa” com biquini chamada António e que por acaso mudou de sexo apenas à um ano e que por sinal aquele senhor que ela te apresentou como sendo o pai, sempre foi jogador de futebol, apesar de achares que ele só teve um filho.
1º a) - O nome é muito importante, de certeza que não vão contar aos vossos amigos que o engate se chamava Adosinda.
Pois por mais "grossa" que ela seja e se não for para mandar apenas umas berlaitadas, para os teus amigos ela será sempre a "Adosinda, ehehehehehe".
1º b) - A maneira de falar é muito importante, não vão querer “comer” uma morenaça que fale com sotaque de Carrazeda de Ansião e que no restaurante peça uma sapatêra, pêxe e uma garrafa de iauga, mas também não é preciso que ela seja uma cientista nuclear.
2º - Sejam charmosos mas não em excesso, se não ainda correm o risco de ela achar que são os homens da vida dela, o que para o caso de estarem interessados em ter mais engates nesse verão (principalmente com a boazona da amiga) não é nada bom.
3º a) - Apresentem-na as vossas amigas do grupo, assim ela entretêm-se com elas e vocês podem ir para todo o lado que queiram, se ela por acaso for do grupo não liguem a este ponto.
3º b) - Esforçem-se para que ela não vá pertencer ao vosso grupo nos anos vindouros, só vos vai trazer dores de cabeça.
3º c) - Se o item b) não se concretizar, aprendam a viver com jogos de ciúme, discussões, mal entendidos, difamações e verdades que não querem ouvir, ou então e como solução alternativa podem sempre procurar outro grupo.
4º - Por mais encantadora e tigresse que ela seja é melhor esforçarem-se por não caírem completamente de beicinho por ela, (principalmente se ela for de Carrazeda de Ansião e tu de Loulé. Bem afinal.. pode ser, pois não conheço nenhuma gaja encantadora e tigresse em Carrazeda de Ansião) a distância mata qualquer coisa que haja entre vocês.
4º a) - Acho que não conheço Carrazeda de Ansião.
5º - Tentem sempre, mas sempre engatar bifas, mas nada de tácticas à Zézé Camarinha (iu nou uat aí min, ani uai) mostrem apenas que são latinos sensíveis.
5º a) - As bifas também são muito mais liberais em termos de sexo na primeira noite do que as tugas, quanto mais não seja porque na maior parte das vezes têm apenas uma semana para gozar tudo aquilo que gozamos num mês.
6º- Mas afinal onde fica Carrazeda de Ansião?
7º - Se conseguirem ir para as dunas com alguma tuga, (altamente improvável) levem “gabardina”, pois não vão querer ter nenhum rebento, quando ainda têm muito para gozar como solteiros,(principalmente se ele nascer em Carrazeda de Ansião) com as bifas o problema resolve-se a dar os dados pessoais do vosso pior inimigo como se fossem vossos.
Este manual não tem como objectivo ser levado à letra, mas única e exclusivamente dar umas pistas de como se pode curtir o verão com o mínimo de danos colaterais.
Ahhh, e por ultímo, espero que haja para aí uma alma caridosa que me diga onde fica a merda de Carrazeda de Ansião, se é que essa terra existe.