"Estes 20 anos foram de grande crescimento, não só económico e social, mas também de aumento do peso político de Portugal no Mundo" Prof. Dr. Diogo Freitas do Amaral, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Républica Portuguesa.
Estas são as palavras do nosso MNE relativamente á comemoração da assinatura do tratado de adesão de Portugal (e Espanha) á Comunidade Económica Europeia, actualmente União Europeia.
Na verdade o distintíssimo e douto senhor não deixa de ter razão, afinal volvidos dois decénios sobre a efeméride não existe nação nenhuma mundo afora que não se cague nas calças só de se alvitrar a hipótese de Portugal se tornar parte interessada ou não em qualquer questiúncula por menor importância que possua.
É óbvio que quem se lembra do enorme prestígio alcançado por Portugal com sucessos indesmentivéis na politíca internacional tais como na sequência do Protocolo de Lusaka a assinatura por parte das facções em guerra dos acordos de Bicesse que protelou a guerra em Angola por mais alguns anos, a ratificação do protocolo de Kyoto o qual sabemos agora que não só não cumprimos com as metas estabelecidas bem como ainda aumentamos a nossa quota de emissão de gases para a atmosfera, fomos uma das nações charneira na prossecucação do Tribunal Penal Internacional, o que diga-se em abono da verdade seria um progresso enorme globalização não fosse este só servir para julgar alguns, sempre os mais fracos; conseguimos ainda livrar de um Primeiro -ministro a bem da nação, para a presidência da Comissão Europeia, despachamos outro incompetente para a ONU com a premissa de ser Alto Comissário para os Refugiados (começou bem, ao sair de Portugal deixa-mos logo de ser refugiados no nosso país á conta das asneiras desse ilustre senhor), sem esquecer esse momento mágico da diplomacia lusa ao servirmos de porteiro, mordomo e bobos da corte na célebre cimeira dos Açores.
Onde o senhor MNE se engana é quando associa a este período iluminado da diplomacia nacional um crescimento económico incomparavél. Desconfio que o senhor deve ter feito umas visitas oficiais ultimamente aos Países Baixos ou a Marrocos, sim porque só sob efeito de alguns odores alucinógenicos comercializados nessas zonas do globo livremente se pode esconder a grave crise económica e social que grassa neste país.
Mas também é compreensivél, engordamos enormemente o ego (e os bolsos) dos nossos políticos então temos de fazer uma dieta rigorosa na nossa economia e quem se F... somos sempre os mesmos!
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