sexta-feira, julho 29, 2005

Uma estória dos diabos...

Há alguns anos atrás, no século passado, ainda eu era um aluno aplicado (na boa vida) aconteceu uma estória verdadeiramente do diabo...
Senão leiam;
Certa noite de invernia decorreu uma festa estudantil num estabelecimento de divertimento nocturno de Spotville. Como qualquer estudante que se preze não faltava a uma festarola da faculdade. Nessa mesma festa encontrei um amigo de infância conhecido nas lides tauromáquicas por Badaró ou B.B., rapaz pouco afortunado por nosso senhor em inteligência e prespicácia, mas com um coração enorme, talvez do tamanho do Bola 8 do futebol de praia.
Como era hábito noutros tempos em que a fidalguia dava brado nas toiradas, as festas eram muitissimo concorridas e sempre com muita míuda gira e ainda mais com outras que nem por isso, mas como eu também pareço o Balrog do final do episódio primeiro da trilogia de "O Senhor dos anéis" não me preocupava muito com isso, afinal em tempo de faina tudo o que arrastar é peixe... Xissa pareço um certo Inginhêiro que eu conheço a pensar...
Nessa noite apresentei duas moçoilas de peso, idade e trapio ao meu amigo Badaró, o qual galã como é coma sua "pêrra" e acento tónico na letra R não "desgrudou" das duas míudas o resto da noite, no sentido literal da palavra, como mais á frente compreenderão...
Apos vários Vodkas e Gins mais uns pés de dança para aqui e outros para ali passando por uns sorrisinho marotos e uns beijitos repenicados chegava-se ao final da noite.
A partir daqui é que a coisa se caldeirou, eu aplicado como era retirei-me para meus aposentos, nao os da moita, que quatro horitas depois tinha uma frequência, escusado será referenciar o resultado final. O Badaró pretendia prolongar a fiesta e as cachopas como já estavam bubaditas e apetecia-lhes tudo menos ir dormir, tá de levar o Badaró para casa.
O Badaró lá pagou um táxi para levar as meninas a casa, que não podiam andar a pé, coitadinhas, havia de ser comigo...lol, e lá chegados os três elas tentaram despachar o Badaró mas este estava dificil de entender.
Aqui elas lembraram-se de algo fantástico e maquiavélico! Convidaram o Badaró a entrar no apartamento onde viviam com mais duas coleguinhas. que estavam para a terrinha. Deixaram-no na sala a tomar uma bejeca fresquinha enquanto elas iam ao quarto vestir algo mais apropriado para o momento e aconselharam o Badaró a ficar mais á vontade para criar um clima mais intímo e agradável.
Ora quando o Badaró já estava em boxers surgiram as duas meninas em pijama pedindo ao Badaró que as ajudasse a trocar a botija do gás que havia terminado e assim elas não poderiam tomar um relaxante e confortável duche a três...
O badaró estava já completamente Badaró e claro qu iria fazer isso sem pensar duas vezes, elas indicaram-lhe o caminho até á porta de saída porque a botija estava numa despensa cujo acesso era a partir do exterior do prédio...
Já estão a ver o que se sucedeu, né? Lá ficou o pobre Badaró duas hora e tal ao frio na rua só em boxers e sapatos, trilitando os dentes enquanto elas se riam e gozavam com ele...
Perguntam agora e bem o que é que isto tem a haver com o diabo?
Nada mais simples de explicar, nesta noite houve alguém que assistiu a toda esta peripécia rindo a bandeiras despregadas dentro do seu carro enquanto devia estar a trabalhar, um guarda nocturno de Spotville, o qual achou tanta piada á figura do Badaró naqueles preparos numa noite de tamanha invernia que deduziu que o rapaz só podia ser tão quente como o inferno. Umas horas mais tarde contando esta estória aos amigos nas bombas da Rua O, baptizou-o de Santanás.
E assim fikou conhecido o meu amigo B.B. , O Badaró Santanás...

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