Há alguns anos atrás, no século passado, ainda eu era um aluno aplicado (na boa vida) aconteceu uma estória verdadeiramente do diabo...
Senão leiam;
Certa noite de invernia decorreu uma festa estudantil num estabelecimento de divertimento nocturno de Spotville. Como qualquer estudante que se preze não faltava a uma festarola da faculdade. Nessa mesma festa encontrei um amigo de infância conhecido nas lides tauromáquicas por Badaró ou B.B., rapaz pouco afortunado por nosso senhor em inteligência e prespicácia, mas com um coração enorme, talvez do tamanho do Bola 8 do futebol de praia.
Como era hábito noutros tempos em que a fidalguia dava brado nas toiradas, as festas eram muitissimo concorridas e sempre com muita míuda gira e ainda mais com outras que nem por isso, mas como eu também pareço o Balrog do final do episódio primeiro da trilogia de "O Senhor dos anéis" não me preocupava muito com isso, afinal em tempo de faina tudo o que arrastar é peixe... Xissa pareço um certo Inginhêiro que eu conheço a pensar...
Nessa noite apresentei duas moçoilas de peso, idade e trapio ao meu amigo Badaró, o qual galã como é coma sua "pêrra" e acento tónico na letra R não "desgrudou" das duas míudas o resto da noite, no sentido literal da palavra, como mais á frente compreenderão...
Apos vários Vodkas e Gins mais uns pés de dança para aqui e outros para ali passando por uns sorrisinho marotos e uns beijitos repenicados chegava-se ao final da noite.
A partir daqui é que a coisa se caldeirou, eu aplicado como era retirei-me para meus aposentos, nao os da moita, que quatro horitas depois tinha uma frequência, escusado será referenciar o resultado final. O Badaró pretendia prolongar a fiesta e as cachopas como já estavam bubaditas e apetecia-lhes tudo menos ir dormir, tá de levar o Badaró para casa.
O Badaró lá pagou um táxi para levar as meninas a casa, que não podiam andar a pé, coitadinhas, havia de ser comigo...lol, e lá chegados os três elas tentaram despachar o Badaró mas este estava dificil de entender.
Aqui elas lembraram-se de algo fantástico e maquiavélico! Convidaram o Badaró a entrar no apartamento onde viviam com mais duas coleguinhas. que estavam para a terrinha. Deixaram-no na sala a tomar uma bejeca fresquinha enquanto elas iam ao quarto vestir algo mais apropriado para o momento e aconselharam o Badaró a ficar mais á vontade para criar um clima mais intímo e agradável.
Ora quando o Badaró já estava em boxers surgiram as duas meninas em pijama pedindo ao Badaró que as ajudasse a trocar a botija do gás que havia terminado e assim elas não poderiam tomar um relaxante e confortável duche a três...
O badaró estava já completamente Badaró e claro qu iria fazer isso sem pensar duas vezes, elas indicaram-lhe o caminho até á porta de saída porque a botija estava numa despensa cujo acesso era a partir do exterior do prédio...
Já estão a ver o que se sucedeu, né? Lá ficou o pobre Badaró duas hora e tal ao frio na rua só em boxers e sapatos, trilitando os dentes enquanto elas se riam e gozavam com ele...
Perguntam agora e bem o que é que isto tem a haver com o diabo?
Nada mais simples de explicar, nesta noite houve alguém que assistiu a toda esta peripécia rindo a bandeiras despregadas dentro do seu carro enquanto devia estar a trabalhar, um guarda nocturno de Spotville, o qual achou tanta piada á figura do Badaró naqueles preparos numa noite de tamanha invernia que deduziu que o rapaz só podia ser tão quente como o inferno. Umas horas mais tarde contando esta estória aos amigos nas bombas da Rua O, baptizou-o de Santanás.
E assim fikou conhecido o meu amigo B.B. , O Badaró Santanás...
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