Barbaridades

Deixo já uma nota introdutória em como não sou um europeísta convicto, mas também não sou própriamente um eurocéptico. Entendo que a Europa dos 27 não está alicerçada num modelo de desenvolvimento consistente e socialmente gratificante.

Fiquei estúpido de facto ( se bem que isso já era) com um acordão proferido por um tribunal europeu neste século XXI.

Em Frankfurt, a justiça alemã por intermédio de uma magistrada deu mais uma machadada no que seria de expectável numa europa moderna, desenvolvida, equalitária e socialmente gratificante. Esta excelsa inteligência negou provimento ao pedido de divórcio intreposto por uma muçulmana vitima de espancamentos por parte do animal com quem casou.

O pretexto argunto utilizado pela douta juíza para aplicar tamanha barbaridade foi que o Alcorão permite no seu texto a violência do homem sobre a mulher, e apsso a citar o versículo referente :

"Se temes que a tua mulher se rebele, então ameaça-a, rejeita-a no teu leito conjugal e bate-lhe."

Ou seja o que esta juíza conseguiu fazer com um simles acordão foi negar tudo aquilo que ao longo de séculos o mundo ocidental se tem batido por, a liberdade e independência das pessoas e das instituições relativamente ao poder religioso.
Em vez de ter colocado a europa de cócoras perante o Islão deveria ter assumido frontalmente "Os senhores façam essas barbaridades onde quiserem, mas neste espaço de liberdades, direitos, garantias e encontro de culturas que é a Europa não o fazem".

Assim qualquer dia já não querem os juízes do Envelope 9, do caso Casa Pia ou do Apito Dourado, mas sim esta juíza alemã...