quarta-feira, setembro 07, 2005

O crime da casa amarela

Era uma manhã cinzenta como a roupa que tinha vestida, aquela que se apresentava aos olhos de C, enquanto caminhava decidido a pôr cobro á sua tortura diária.
À medida que se ia aproximando da casa amarela, um nervoso miudinho ia tomando conta de si, afinal era a primeira vez que iria disparar uma arma.
Mas seguiu convicto da sua missão, sabendo no seu íntimo que depois daquele dia, nada iria voltar a ser igual.
Quando chegou á fatídica casa, abriu o portão devagar, evitando que a vitima o ouvisse aproximar.
Seguiu pelo jardim devagar, pé ante pé, aproximando-se da casa onde habitava a vítima.
Abriu o casaco, puxou da sua pistola e disparou três tiros á queima-roupa sem dó nem sequer alguma pinga de piedade pela sua vitima.
Deixou um embrulho e saiu a correr com um leve sorriso enquanto pensava.
- Nunca mais hás-de morder um carteiro, cão malvado.
Por motivos obvios o nome do assassino foi alterado

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