Malvado Darwin

As pessoas hoje em dia quando encontram outra na rua têm uma tendência inata para fazer as perguntas mais estúpidas que se possam imaginar.
Talvez seja pelo facto de verem os nossos repórteres a fazer entrevistas no terreno ou então por responderem aquelas sondagens sobre tudo e mais alguma coisa que se possa imaginar.
Mas passemos a casos concretos:

Situação aleatoriamente chamada 1 a)

Venho por uma rua de Spotville e cruzo-me com uma pessoa que não vejo há muito tempo.
Pergunta estúpida – Então? Estás cá?
Resposta politicamente correcta – É pá estou.
Resposta que não dei porque não calhou – Poderia estar mas não estou, na realidade estou a passar junto aos bombeiros voluntários de Vila Nova de Famalicão, mas devido a uma Aurora Boreal a minha imagem foi reflectida para aqui.

Situação 1 b)

Novamente passada numa rua de Spotville a cruzar-me com outra pessoa que não vejo há muito tempo.
Pergunta normal – Então tudo bem?
Resposta normal – Tudo e contigo?
Pergunta realmente estúpida quando feita a um homem – Também está tudo bem. Então já casaste?
Resposta para não ferir susceptibilidades – Achas?
Resposta que deveria ter dado – Que parte do está tudo bem é que não percebeste?

Situação 2 (Se as anteriores são 1, logicamente esta é a 2)

Estou a sair de uma caixa de um hipermercado com sacos de compras na mão.
Pergunta extremamente imbecil – Olá, então vieste ás compras?
Resposta tenta ser diplomata – Pelos vistos, sim.
Resposta porque raio é que não tiveste coragem de dar – Não, hoje quando acordei de manhã, tive uma vontade irresistível de vir passear para um hipermercado com as compras feitas pela minha mãe ontem.

È com as respostas pacientes que dou a perguntas que não merecem sequer resposta, que me ponho a pensar se não deveria ter seguido uma carreira diplomática e ser colocado numa embaixada no Bangladesh.